sexta-feira, 30 de novembro de 2018

CRIAÇÃO CELESTIAL



E assim nasceu reluzente
O intrigante momento no tempo.
Agora se tornará fresca a aurora.
O que antes no inferno
Satanás divulgará vitória.
E o flutuar onde pássaros cantam
O amor irá encontrar!
Bruma do desprazer murchara
Algo inoxidável a semente
Que horas não notávamos?
O coração, a criação final
E cantávamos, cantávamos
A mais louca alusão celestial.

Emiliano Veras e Levi Lopes

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

APENAS UMA POESIA



Posso está febril,
Onde coração de tolo adormece.
Morbidez que não tem cura.
Amargura de quem vive!
Não sei de onde vim...
Quem sou nessa semente
Transgressora de dor.
Uma passagem que ficou,
Num luar qualquer.
Que depois da despedida,
Das palavras perdidas
Que machucaram a alma.
Somente a noite fria...
Sugestiva? Passa o esplendor!
Não sei mais o que é o amor,
Até que o último suspiro
Do pior dos pecados
Esclareça-me o porquê de tanta dor.
Uma lavagem de carma.
Uma viagem de volta para o dia
Que você me conheceu.
Uma saudade da mais pura verdade.
Sabe lá mais o quê?
Talvez eu seja isso mesmo.
Um minuto de silêncio.
Um resto de pôr do sol que nutre a paixão.
Uma pele sedenta de carinho.
Um beijo teu sem amor.
Aí que dor!
Alguma coisa cravada no peito,
E sem conseguir respirar.
Reinventar um sentimento puro,
Verdadeiro, como o meu por você.

Emiliano Pinheiro Véras

ƎD¡E K!LLM∆N ¬.¬)



Há que mundo é esse?
Tantas perguntas de múltiplas respostas
E não me vejo...
A incompreensão alheia
Causa-me o caus.
Só sei quem sou?
Difícil de entender...
Um pensamento rápido
Conjunto, confusão de números
Um cosmo preso em algum luar
Onde o núcleo pode ser você
Que não entende a máquina,
A loucura, a rapidez do pensamento
A rigidez do sentimento humano
De coração manso, embaralhado
Num amaranhado de dados.
Quem sabe a leitura alivie a angústia
Que somente os números 
Anestesiem minha alma
Escupida num teclado 
De computador.

Emiliano Pinheiro Véras

terça-feira, 13 de novembro de 2018

SINTONIA?


No relampejar dos olhos,
Fria noite esperando você.
Posso está acordado, sonhando,
No brio do esquecimento e outros olhos
Abraços. Quem sabe...Depois!

Distante de ti sou canto desolado
Que as horas repelem cada instante
Se as flores estão murchando ao chão, 
Rodopiando a visão de nós dois o coração.

Só eu sendo maluco, semente da ruim
Para não invocar o grito dos desesperados
E figurar a causa da existência humana.

Um dia uma vinda, outra a saída e o fim
Como contar...Vou contar... Já acabou!
Por fim, um coração apaixonado a chorar.

Emiliano Pinheiro Véras



segunda-feira, 12 de novembro de 2018

SERENATA DA DISCÓRDIA


Sou ave cálida, bruta
De costumes irreparáveis
Não me contento com palavras 
De boa noite, sem antes beijos e abraços 
Quando deveras ira me propensa?
Estúpido eu sou!
Não me jogues no alforges da distração
Quando preparastes primeiro teus insumos.
Sou peste desordeiro, no desencanto eu sou!
Queres tentar demasiado comigo?
Pois és meu pecado mais límpido.
Assim sereis desprezado, ignorado e forjado
E fúnebre na dor, jamais pecador
Brincardes de amar com um coração
Exacerbado e sem pudor de amor
Quando solícito a flor desabrochou
Queixar-te-a sem o brilho da luz
Abrindo uma fenda incurável no coração
E na tua lápide regada à lágrimas 
Escrito o meu nome estarás.

Emiliano Véras

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

LAÇOS


Na realeza desprovida e fértil

nasceu a maresia que em 
corpos pecadores, destilavam
sabor inocente da natureza.

Nem o sol, nem o mar

foi capaz de diluir 
positivamente o bem querer
de mal caráter as partículas
reluzentes do prazer.

Vi uma sombra, uma sombra

eu vi, um vulto transgressor,
purificando pecaminosos
momentos de solidão.

Contendo-me apenas aos resquícios 

vermicidas jogadores na aurora 
que a magia do fim do dia propôs.

Calar-ti-ei boca maldita, não

sabes do amanhã, o que realmente
tivemos de único, sem nunca ter fim.

E nas brechas se calou e nos corações

apaixonados, querer-te e vencer até 
o que o mais impuro dos puros duvidou.


Emiliano Véras 


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O PALADAR DE UM INOCENTE




Somente alguns goles
já é o bastante para saciar
Essa infortúnia vontade
para não mais querer-te beber.

Quero sair de mim, voar,
Expurgar o que não mais ecoa
Na majestosa finitude.

Foste antes um tímido,
Agora um astro vagarando
Em brumas petrificadas.

Emiliano Veras e Levi Lopes

quarta-feira, 14 de março de 2018

DO OUTRO LADO DA PORTA





Estou saindo de fininho
Sem fazer alarde, calado
pensativo e confiante.
Saindo sem ser notado.
Estou fechando a porta
para não mais voltar.
E se notar a minha ausência
Não mais me encontrará
Mudei! Aquele que ficou atrás da porta
Não mais existirá.
Perdeu-se nas lembranças
Nos sonhos de tanto amar
Aquela sombra que pairou
Em seus devaneios egoístas
E aquela sensação de me ter em suas mãos
Afogou-se em lágrimas,
Em sentimentos solitários
Em desilusões que o tempo apaga
E o coração sufoca o desejo condicional.
Então? Fique atrás da porta!
Eu não olharei para trás
E nunca mais te verei
Com os mesmos olhos de quem te amava.


Emiliano Pinheiro Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...