domingo, 22 de julho de 2012

AFOGAMENTO



O sal, o céu, o véu
Um mar de lembranças cruel.
Meninos afoitos de destinos
entrelaçados, quase inacabados,
quando por força da sorte
foram livrados da morte.
Três irmãos, todos se afogando.
O mais novo no mais raso,
o do meio, vendo o mais velho
se afastando e ele também muito golfando.
Nada para segurar quando uma mão
o puxou e depois os irmãos se agarraram.
Desespero de quem os salvou.
Seus pais nem chegaram a ver
só depois foram conhecer
quem seus três filhos 
numa manhã de muitos brilhos
fez da irresponsabilidade deles renascer,
crianças na multidão perdidas na distância
despreocupada da pobre infância
não acompanha seus filhos crescer.
Quem ama cuida, não descuida.


Emiliano Pinheiro Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...