O
poeta
é um chorão.
Chora na alegria
e na tristeza,
por sim, por não.
No contentamento
por estar descontente.
Sofre por demais
nas coisas ruins
e coisas afins.
Às vezes não tem hora
de criar, curar, pirar.
De sonhador acordado
flutua tão alto
que não controla
a rigidez, maciez.
Subestima a ilusão,
transcende desamores,
se emociona ao ver flores.
O poeta chega a ser coitado
calado, desconsertado.
Ama o belo.
Odeia o feio.
Navega nos sentimentos,
afoga nas águas a maldade.
Nunca sente saudade
da imoralidade, falsidade.
Rega o mais límpido dos sorrisos,
dos encantos das palavras carinhosas,
dos mágicos toques dos acordes musicais.
O poeta é um sonhador e nunca um lenhador.
Amor!
Amor!
Amor!
Emiliano Véras
Emiliano Véras
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