Num lindo dia, a jangada saiu para pescar
na brisa suave, acalentava muitos sonhos
e o mar estava calmo, parecia prosperar
os bravos pescadores seguiam...estranhos.
A saudade da família descortinava o medo
sabedoria pequenina cultivada a gerações
vidas ilustres, louvores musicais de enredo
grande formosura, encantamento, criações.
Meninos que deixam seus lares queixosos
sem destino, sem certeza, muita nobreza
de homem que quer vencer dias odiosos
de desprazeres, fome cicatriz da pobreza.
Nas coberturas de brancas brisas, alvuras
encontrar naquele vai e vem o revolto mar
chacalhando de lá para cá, longe honduras
Viam o chão escorrer como algo derramar.
Aos tropeços a vida se ia sem esperança
carregando no coração o sim do marfim
dilatação dos hemisférios de uma criança
no brio de uma jornada chegando ao fim.
Emiliano Pinheiro Véras
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