sábado, 31 de dezembro de 2011

PLANOS



Não foi um sonho!
Não tive uma ilusão.
Não estava embriagado.
Louco sim, de paixão!
Caminhávamos à beira-mar
no relento da alvorada,
dava até para sentir a brisa
esvoaçando nossos sentimentos.
O sussurro perfumado das palavras,
a escaldante sensação 
do amor nos embalsamando.
A emoção do encontro
antes tímido e despreparado.
E nós sorríamos tanto, brincávamos
como duas crianças ingênuas
e nos abraçávamos tão longamente
que de repente estávamos em outro sonho
de casarmos, morarmos juntos
e termos muitos filhos.
O tempo passou e esquecemos nossos planos...
Talvez tenha sido culpa da rotina,
da ganância material,
do não lembrarmos o melhor da vida.


Emiliano Pinheiro Véras

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