Sem mim, não sou ninguém,
sem você, poço de desdem.
Sem motivos vivo sofrendo,
sem alguém sofro vivendo.
Cada acordar uma vértebra dilata
a saudade nova que me incomoda;
Um chão que se abre e eu afundo,
um sonho sereno e mais profundo.
Às margem do lago, só folha seca,
do cajueiro, raízes e esquecimento.
Da foto, escuto vozes, sinto cheiros.
Da alma, grita um aperto duvidoso.
Deito na areia e descanso à vontade
da fraqueza, do espírito que desconfia
que não sabe amar, só sabe muito ter,
a possessão, posição preventiva à dor.
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