Dizer-se-ia que as feridas da alma
se encontram no coração.
E eu, poeta, sangro por todas as artérias.
Lúcido é aquele que talvez viva
e desfrute dos desejos e anseios
e não ceda as paixões do samba e da vida.
Não ser santo, pouco perdido,
em outrora usurpado do labor
das noites ao luar amar,
nasceu um fruto destemido
e não flores brancas que ainda sangram
de dor até secar a última lágrima.
que ainda arde de tesão, escapismo da paixão.
Paixão esta que me corroeu parte a parte,
em remorso sempiterno.
Os corpos enlaçados em orgias
de pecados envoltos em sangue.
Vos digo, desejo cair convosco
em ternos lençóis.
Talvez em chamas,
música cantarolada nos corações
desarmados e nobres,
o pecado, sacrilégio
sufocado em outras vidas
enaltecido com o cheiro e a cor
e que agora eu morra,
aqui em teus braços, amor.
Emiliano Véras e João Vitor
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