De
não ser um fruto da obsessão,
Nem
o desejo cego e desenfreado.
Não
me deixam cicatrizes no coração,
Nem
insulto o seu mundo vil abalado.
Das
coisas boas que sinto agora vivo
São
das nascentes que andei ontem.
Normalmente
acontece a quem sirvo,
Dos
amores guardados naquele trem.
Quem
sabe um dia te reencontrarei
Sentada
num vagão da esperança.
Dos
sonhos que lá realmente deixei
E
nunca se perderam na lembrança.
Nos
trilhos viajaremos sem destino.
Sem
rumo e sem fim, em outro lugar.
Mesmo
que acordemos em desatino,
Nesse
vai-e-vem que nos leve a amar.
Emiliano Pinheiro Véras
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