Cuspo um vômito de náuseas, diante das carnificinas que até os abutres repugnam, causada pelo verme que dorme no ego pútrido do mais imperfeito dos homens.
E assim suba na garganta o gosto de ferrugem, criada no coração rígido e adormecido que muitas vezes não chorou quando as chamas do inferno descoloriram sua vida patética e sombria.
E mais ainda, que se misture ao veneno da mediocridade a maldição da fraqueza interna e o misero corpo doentio amargo, por não ter um sentimento vindo do holocausto à sua própria imagem.
E mais, que descanse nas profundezas da memória, a dor do grito de inúmeras vítimas do mais bruto e infinito pedido de socorro não correspondido e essa voz te atormente por toda eternidade.
Emiliano Pinheiro Véras
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