Tinha uma sombra.
Uma sombra que me seguia
e me dizia coisas ao ouvido.
Uma sombra torta, auspisiosa,
que me empurrava, instigava
em todos os momentos de delírio.
Tinha uma sombra.
Uma sombra que me erguia
e me derrubava e eu duvidava.
Uma sombra vadia, deliciosa,
que me acompanhava, inspirava
em todos os encantos de colírio.
Tinha uma sombra.
Uma sombra que me fazia
e me seguia ardendo o meu duvido.
Uma sombra amada, apaixonada
que me beijava, cheirava
em todos os instantes de satírio.
Emiliano Pinheiro Véras
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