sábado, 9 de maio de 2015

DESENCANTO




Hoje não te direi louvores,
Nem cantarei ao vento
Palavras torpes que encantam
Outros pensamentos.
Me perderei nas arestas,
Ruínas de um coração gélido,
Que amou, amou e se curvou
às intemperizes da noite calada,
Sombria e solitária.
Me enrolarei, não em teus braços,
Nem em lençóis macios
Que matam a sede
Mas não saciam a alma.
Me juntarei àquela estreita curva,
Sinuosa, onde muitos perdem a direção
E esquecerei um pouco,
Do pouco que fui ao mar.

Emiliano Pinheiro Véras

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