quarta-feira, 1 de setembro de 2010

MEDO DE AMAR



Toda paixão me enlouquece
Na beleza da flor e em seus espinhos.
Toda casca de ouro que cobre
dentro só o negrume de um ventre sujo.
Às vezes me encontrei em carícias 
e beijos sinceros.
Deslizando em caminhos da nevralgia
deixei o perfume mais adocicado
me levar a lugares tão distantes
que só depois de nos despirmos
e nos vermos como somos
é que vimos que nessa insensatez
se escondiam os piores monstros.
E os sonhos..... suados?
Não conseguimos fechar a boca.
Acordamos no ápice da paixão,
sem mais nenhum tesão.
Nos restou a continuar sonhar,
tudo outra vez no outro dia.
Sem mentiras, sem mágoas.
Sem medo que esse medo
um dia chegue ao fim.


Emiliano P. Véras

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