quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DESCRIÇÃO DO BOJO





Os abutres do lago estão a espreitar,

rondando as margens, pairando no ar.

O bater das águas indo às suas salas,

vermes de olhos cerrados no abismo,

da manipulação, indignação.

do medo de perder o ponto,

de perder a presa, o emprego?

Gritos de solavancos,

alunos nos corredores,

brincadeira de criança

e passos de louco e fome de leão,

destemido não, falta de educação!

Boba da corte, morcego do dia,

cortejada lampião, filha do cão

de homem mal, face de Maria bonita,

debochada de celular na mão

(nuvens de sacanagem e traição).

A bicha louca Iena fedorenta, perigosa.

Morde fino e pega grosso

nos braços da loira até o pescoço,

que não engana nem a mamãe.

Faltou a lebre desconcertada,

de rosto tremulo e sorriso arredio,

seu corpo de Chaves e bunda de assobio,

capaz de sentar num formigueiro

e ser fritada e ser comida no frio.

São de grupos em apuros, política

uma escola de expurgos, pratica?

desamimadores do futuro .



Emiliano Pinheiro Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...