quarta-feira, 20 de novembro de 2019

RUÍNA



A luz que acende,
O fósforo que apaga.
Tormentos de Dante em elegia
Um momento que nunca acaba.
Espíritos fugazes  e debochados
encontrados das cinzas ao mar
Dos sonhos, do esquecimento.
Onde outrora havia planos
A pergunta que ficou sem resposta
O pronto mal acabado postado ontem
De confirmação e desilusão.
Somos criação do acordo ao não
Da maneira qualquer e vã
Somos donos de nós mesmos
Onde há verdade, não enlouqueço
Nem as luzes se acendem.
A morte do nada é sem resposta
Da bruma, eu rumo ao mar de rosas
jogado no fervor, de louvor.
Faça-me o favor,
Suas palavras carinhosas
De nada adiantam se suas histórias
são mal dizentes e esfoladas.
e nada, de mim há ficar.

Emiliano Véras e Levi Lopes

TEMPESTADES



Não quero mais amar!
O medo, a insegurança
crescem como onda no mar.
Um dia bem, outro mal.
Quando demoro a ver
Tal onda chegar, afogo!
Tudo fica em chamas
Ira de raios e trovões.

Não quero mais amar!
Chega de tormenta dos olhares,
da falta do demonstrar. 
E como dói!
Não dá mais para aguentar
Uma punhalada, uma queda.
Sem um sorriso, um beijo
Uma alegria de cura, salvação.

Não dá mais para absorver

um amor tão grande e cruel
escravizando meus sonhos,
minha liberdade e o meu querer.
Tudo em mim é você 
e como me sufoca!
Uma saudade no corpo,
uma vontade de amar na alma.

Não dá mais para ti esperar

nos dias de frio e noites afins
que inerte caio no esquecimento. 
Não dá mais para dividir 
o que não é meu, é só teu
enquanto estou te amando
a vida me cobrando
um amor como o meu.

Emiliano Véras e Levi Lopes

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...