terça-feira, 29 de outubro de 2019

TINTA NO PAPEL



O reflexo no espelho, 
vejo tão rosados:
Os lábios sorridentes, 
os olhos semicerrados. 
Carisma de amante, 
pedante em poetar. 
Da garganta para fora, 
mancha do mundo 
dos ouvintes e das paixões, 
rasgando aos setes ventos 
as mais puras palavras.
Silhuetas dos momentos 
de mente para o papel, 
de papel para os ouvidos. 
Mentes insanas!
Transmutações de estados. 
Asas do inconsciente, 
chamas que rasgam as roupas 
cheiro de sexo viçoso, ardente . 
Subir aos céus, 
enlouquecer de paixão, 
sussurrar baixinho
de tanto amor.
Deixar a tinta cair, 
a lua nascer em alto-mar
dormir assim agarradinho
e depois acordar... 


                   Emiliano Véras


brigas do dia a dia por atenção. 
Luxo de um carma, 
loucura do pesar o não, 
quando as curvas do caminho 
só encontro sua atração.

Emiliano Véras e Levi Lopes

CONFLITOS RELIGIOSOS




Sangrentas batalhas 
aos olhos dos sorteados. 
Fendas em chamas? 
Dois mundos em infindas 
névoas vermelhas. 
Corpos ao chão, 
medo e arrepios. 
Gritos dos fortes guerreiros, 
carnificinas em pleno ar livre. 
Um sondar de olhar sombrio, 
tenebroso de susto.
Um dito não ecoado na alma.
Contos de fábulas de final desumano. 
E o luar? 
Ficou no sonho bandido,
De um fato de carne. 
E disso? 
Uma terra que se ver só de passagem!
Inspiradora e sem brio.


Emiliano Véras e Levi Lopes

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...