Sou ave cálida, bruta
De costumes irreparáveis
Não me contento com palavras
De boa noite, sem antes beijos e abraços
Quando deveras ira me propensa?
Estúpido eu sou!
Não me jogues no alforges da distração
Quando preparastes primeiro teus insumos.
Sou peste desordeiro, no desencanto eu sou!
Queres tentar demasiado comigo?
Pois és meu pecado mais límpido.
Assim sereis desprezado, ignorado e forjado
E fúnebre na dor, jamais pecador
Brincardes de amar com um coração
Exacerbado e sem pudor de amor
Quando solícito a flor desabrochou
Queixar-te-a sem o brilho da luz
Abrindo uma fenda incurável no coração
E na tua lápide regada à lágrimas
Escrito o meu nome estarás.
Emiliano Véras