terça-feira, 19 de novembro de 2019

DEPOIS DE AMANHÃ



Mais um cigarro no cinzeiro
e obras se realizando.
Realidades por um fio
e destino frio se desgastando.
Mera coincidência de duas
estruturas se construindo.
Futuro gasto no presente,
passado massacrado em vertente.
Carnificinas definidamente,
fumaça arde os olhos,
devidos fins inconsequentes.
Pânico nos ouvidos,
dores no orgulho,
loucura eminente.
Nada de futuro
quando se começa a entender
que as crianças do amanhã
já são a cura do querer.
Perdemos e encontramos
o brilho que faltava
no final do túnel,
sonhos que o tempo
realiza intermitente.

Emiliano Véras e Levi Lopes

DIFÍCIL AMOR



Morre um motivo de felicidade.
Pereço junto a ideia de solidão,
Em parecer de tanta frustração.

A morte não é do coração, é da alma,
da saudade, do querer, da aproximação.

Somos mundos alegres e distantes,
hoje posso ser Hércules, amanhã história,
fantasia de criança a brincar alegremente.

Um condor sem limites ao voar,
num espaço a paixão sem negação.

Emiliano Véras e Levi Lopes

ALIENAÇÃO



Na religião, cor e podridão
um desprezo, aqui outro ali.
Somos crianças desarmadas,
direitos incubados, contrição.

Se tens água quando chove
e luz do sol para iluminar,
não precisas de tão poucos
ficando rouco, louco por outros.

Detenho poder em pares de números
Anti-corruptos, excesso no meu peito,
Peregrino de verdades, opiniões, palavras
Espaços divino para boas atitudes.

O manuseio de condutas limpas
A parte do todo corrompido.
O cansaço dos médios ingênuos,
angustias dos salvadores da pátria.

Emiliano Véras e Levi Lopes

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...