terça-feira, 26 de novembro de 2019

JOVEM PERTURBAÇÃO



Uma pulga... Um ministro incesto
a andar entre reles corpos sujos.
Um vislumbre, escabroso da humanidade
sem cheiro, sem noção...coisa do cão!
Perfídia de sonhos delinquentes
assolando a última quimera.
Sombras vertiginosas ao luar
das palavras hediondas 
de um inocente,
que só quer amar e amar.
Carmas da solidão!
Desejos obscuros.
Loucuras!
Desespero e exaustão.
Pensamentos confusos
de nada. E para quê?
Sofrer sozinho
na escuridão.

Emiliano Véras


POESIA MARGINAL



Quando digo que te amo,
não quero dizer que quero só trepar contigo.
Amo a Cristina, Marcinha, Katrine e Rafael
e nem por isso estou comendo algum deles.
O amor vem sem querer, incondicional.
Não me pergunte o porquê.
Aconteceu!
A Vontade que tenho 
é de mandar esse sentimento
para a puta que o pariu.
Mas não consigo, é maior do que eu.
Quantas vezes já brigamos
e nos separamos e essa coisa
não sai de mim.
É como uma macumba, coisa do terreiro
que destrói e cresce no mais lindo jardim 
e eu me desfaço e faço, 
o que não deveria fazer
Te amar, te amar 
e depois enlouquecer.

Emiliano Véras

SUDÁRIO



Quando as linhas das palavras
soam diferentes da emoção,
aperto no coração,
felicidade pela atitude
talvez sem valia da outra parte
insistência de um coração
assíduo, vivido de paixão.
Monstro da escuridão
de corpos ensanguentados
de palavras, ofensas,
coisas que destroem o coração.
Poderia eu te expurgar,
rasgar a página 
e dizer nunca mais.
Não tenho tal desprezo! 
Por muito que já amei.
Tempo hó tempo...
Só tu dirás as curvas que já passei.
Somos discípulos das controvérsias,
erramos e só perdoa e esquece
quem realmente entende
as agruras do amanhã.

Emiliano Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...