Acabou! Está tudo acabado.
Foi só mais um sonho de amor
Entre quatro paredes sórdidas
De insegurança e intolerância.
Já me acostumei assim,
Com o despertar sem despedida.
Ferida que não mais dói em mim,
A dor que me dá tesão!
Bate a porta e vais embora
Loucura fascinante do dia a dia.
Já fui de segurar mais a onda,
Agora escorrega nua e fria.
Desculpe-me a demência
Dos tremores e da agonia.
Não sou mais tão nobre
O coração pisoteado,
Uma hora qualquer esfria
E a música e a melodia?
Quanto vazio, a saudade,
A possessividade.
Emiliano Pinheiro Véras