terça-feira, 17 de agosto de 2010

INSÔNIA



Andei perdido
Tentando mistérios desvendar,
Vivendo sofrendo iludido,
Viajando procurando meu lugar.
Caminhei por entre cáquitos,
Querendo espinhos arrancar.
Fui ferido sem hábito
De quem não queria me acreditar.
Sofria caído!
Procurava me levantar.
Caí de novo!
Mais uma queda,
Mais eu sabia,
Que me encontrar eu queria.
Mais do que querer. Aprender!
O que nos olhos mentem
Mas na alma se sente.
A vontade de se rebelar,
Se libertar!
O desejo de gritar,
De chorar!
Ver o fim chegar
O amanhecer...
Dormir.




Emiliano P. Véras

MENINA MARGINAL




Oh! Menina marginal
de olhar suspeito
e amor carnal.


          Tire-me dessa mansidão
          rasgando do meu peito
          o mais fraco coração.


Menina animal, não me castre,
sem um pouco de tesão.
Possua-me apenas com arte
de favelado artesão.


         Criança indecisa.
         Mulher de astúcia peitoral.
         Besta, alienada, alusiva.
         Menina sexy oral, animal, marginal.


 
Emiliano P. Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...