domingo, 25 de novembro de 2012

CORAGEM



Para muitos e tão pouco
falta coragem para abrir a porta,
ver o sol nascer e respirar fundo,
seguir em frente.
Falta coragem para pisar no chão,
escalar as paredes do impossível
e aprender a não desistir.
Falta coragem para dizer sim,
dizer não, fazer o que deve ser
feito sem titubear e cair no chão.
Falta coragem para ser bom e
ser mal quando deve. 
Gritar, correr e deixar para trás 
o que ficou.
Falta coragem para enxergar,
denunciar, acreditar 
que ainda pode mudar, 
recomeçar e vencer.
Falta coragem para uma boa conversa,
para a conciliação, paz nas ruas, 
amor no coração.
Falta muito e falta pouco, pois 
se coragem tiver, nada faltará!


Emiliano Pinheiro Véras

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SOLIDÃO



Há! Estou chateado, triste, sozinho para variar. Esperando coisas boas, algo divino que não seja transmutado pelo absurdo que impera. Que a vida seja um mundo mágico e nós os atores principais desse seriado. Mas nada acontece! E às vezes fico sem saber o que fazer, achando que somente eu sofro tal fraqueza. Sei que estou complicando tudo, que Deus vai sempre estar do meu lado e que todas as minhas orações jamais serão em vão. Mas meu coração sangra, minha alma pede clemência e meu corpo diz que preciso de sua proteção. Desculpe-me por ser assim verdadeiro, simples e direto. Que muitos orgulhosos, cheios de devaneios e choram sozinhos quando se trancam no quarto vazio. Eu não! Prefiro gritar, chorar, mandar que todo mundo vá à puta que o pariu e que as minhas palavras sejam ouvidas como a realidade que muitos tem medo de dizer e machucam os outros e pisam e acham que a vida esqueceu do amanhã.

Emiliano Pinheiro Véras


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MOMENTOS


Uma senhora andava pela rua, como uma brisa fina que passa bem leve, sem destino, que quase nem percebemos o choro, o querer descobrir a razão da perda, que seja ele qual for o motivo, trás o sofrimento que é uma espécie de contrapeso para aliviarmos o espírito abalado com a falta de recompensa, que se não for balanceado, vicia e causa danos à alma.
O momento deve ser visto como único e o mais importante de todos que passamos na vida. Nascemos, crescemos e morremos num certo momento. Fazemos amizades, perdemos coisas, ganhamos outras. Esclarecemos, criamos, enriquecemos e depois esses momentos acabam e não os vivemos.
Toda vez que vejo o mar, uma uma criança sorrir, a paz em consenso com a natureza me faz ver que o amor é o único valor que guardamos para a vida eterna, que não basta fazermos boas ações, dizermos palavras encantadas, se no âmago de nossos desejos o amor não for a grande essência.

Emiliano Pinheiro Véras


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CORRUPTO



Há um corvo lá solto, vigiando o cercado.
Que chora de prazer em ver um apodrecer.
Não sei qual seu maior delírio manifestado,
Mas sei que deve ser louco, muito abestado.


Vive às escondidas procurando um erro.
Sempre esfomeado, cagado e preocupado.
Doloroso o lugar onde pisa. Só escuridão!
Saudades da amizade. Corrompido de si.

Na vida não tem coisa santa. Simbologia!
Não te incomoda, nem causa perseguição.
Só se sente a inveja da hora da mutilação.
Ou será pior? Perde os momentos felizes.

Sem seu cheiro, nem sua cor, vira desamor
Suspirando os bichinhos feios endiabrados.
Iludindo a pobreza de seu espírito cansado
e morre sem o valor e esquece-se o dia feliz.

Emiliano Pinheiro Véras

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

FALSIDADE


Você me olha nos olhos, sorri para mim como se fosse meu amigo e me amasse como irmão. Dá até para desconfiar! Sinto no fundo de sua alma o temor que tem de mim. Porquê? Deveria me desprezar como se despreza um inimigo, ou chegar para mim dizer qual é o problema. Mas não! Prefere agir com dissimulação, esperando que eu vire as costas para me atacar covardemente. Sinto muito em te dizer, mas tenho pena de você. Poderíamos resolver nossas diferenças com um simples diálogo. Não sou uma pessoa má, só não gosto de falsidade! 

Emiliano Pinheiro Véras

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ESQUEÇA-ME




Não tenha raiva de mim. Foi você quem quis assim. Foram muitas vezes que nos encontramos, nos olhamos e até fizemos amor, mas depois ficou um vazio e eu não senti sua presença perto de mim. Isso me afastou e me machucou e me deixou pensativo, achando que eu não estava mais lhe surpreendendo, que aquela ocasião era comum e virará rotina. Não aguentei! Eu não queria assim! Queria a mais sugestiva vibração, que no seu mais simples toque me causasse a queimação da insegurança e me deixasse esvaziar todo o meu ser, como se deixa alguém com fome e você não me deixou assim. Agora só um adeus e foi bom enquanto durou.


Emiliano Pinheiro Véras

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

QUERO VOCÊ


Quero você!
Todos os dias mais feliz,
todas as manhãs mais dia,
as tardes mais tardes
e à noite, mais linda!

Quero você!
Todas as aventuras:
doces, salgadas e largadas.
Todas as loucuras, no branco e no preto.
Te quero do avesso!

Quero você!
Todos os momentos:
na sala, na cozinha e no banheiro.
Quero você na entrada e na saída.
Quero você costurada na minha vida.

Quero você!
Feito Santa, feito diabo.
Quero tua felicidade,
tua tristeza e alegria.
Há, como eu quero você!

Emiliano Pinheiro Véras

MARCAS DE DOR


Sem mim, não sou ninguém,
sem você, poço de desdem.
Sem motivos vivo sofrendo,
sem alguém sofro vivendo.

Cada acordar uma vértebra dilata
a saudade nova que me incomoda;
Um chão que se abre e eu afundo,
um sonho sereno e mais profundo.

Às margem do lago, só folha seca,
do cajueiro, raízes e esquecimento.
Da foto, escuto vozes, sinto cheiros.
Da alma, grita um aperto duvidoso.

Deito na areia e descanso à vontade
da fraqueza, do espírito que desconfia
que não sabe amar, só sabe muito ter,
a possessão, posição preventiva à dor. 


Emiliano Pinheiro Véras


segunda-feira, 23 de julho de 2012

SIMPLICIDADE


Um dia eu quis ser um pássaro,
voar bem alto e escolher um lugar
mais tranquilo para eu ficar.
Quebraram minhas asas!

Outro dia quis ser um peixe,
mergulhar em águas profundas 
e conhecer coisas incríveis até cansar.
Quase morro afogado!

Depois pensei ser uma estátua,
ficar ali parado, observando
por toda eternidade.
Cansei-me e fui quebrado!

Cansado, achei melhor ficar invisível,
fazer coisas proibidas e 
ninguém jamais saber que foi eu.
De repente senti saudades de mim,
pois ninguém ia me ver.

Hoje estou aqui, sendo eu mesmo,
sem asas, poder e desejos impossíveis,
mas querendo ser alguém,
só mais um andante comum,
procurando viver com defeitos 
e qualidades cabíveis ao meu tempo.

Emiliano Pinheiro Véras

domingo, 22 de julho de 2012

AFOGAMENTO



O sal, o céu, o véu
Um mar de lembranças cruel.
Meninos afoitos de destinos
entrelaçados, quase inacabados,
quando por força da sorte
foram livrados da morte.
Três irmãos, todos se afogando.
O mais novo no mais raso,
o do meio, vendo o mais velho
se afastando e ele também muito golfando.
Nada para segurar quando uma mão
o puxou e depois os irmãos se agarraram.
Desespero de quem os salvou.
Seus pais nem chegaram a ver
só depois foram conhecer
quem seus três filhos 
numa manhã de muitos brilhos
fez da irresponsabilidade deles renascer,
crianças na multidão perdidas na distância
despreocupada da pobre infância
não acompanha seus filhos crescer.
Quem ama cuida, não descuida.


Emiliano Pinheiro Véras

terça-feira, 17 de julho de 2012

CONVENIÊNCIA


Existem muitas coisas por conveniência que aos olhos dos espectadores formam um belo conjunto de contraditórios conflitos do coração.
O religioso profano que visando o melhor para dissipar seus próprios dogmas, investe em uma linha tênue de capítulos já estabelecidos por outra corrente mais forte e conhecida dos fiéis; O político Maquiavel e preponderante subestimando os pobres de ideologias, alia-se por interesse aos mais poderosos estimando a sua segurança; O assalariado que pouco tem de onde tirar, acostumado a ser mandado, explorado e massacrado, buscando alguma vantagem é por tão pouco comprado; O jovem cercado de expectativas, sonhos de uma vida melhor e preguiça de lutar, estudar...por conveniência adere a caminhos mais fáceis e rápidos(prostituição, drogas e roubos); A mulher desiludida do amor, da carne que suga o espírito e condensa a alma se uni a outro sem retribuição, provocando o mal que está refletido em suas atitudes diárias e que nunca lhe trará a felicidade.
A conveniência tem como significado o interesse, o proveito, a vantagem e mais do que a morte a falta de amor próprio.  

Emiliano Pinheiro Véras

sábado, 14 de julho de 2012

MADRUGADA EM CASA




Já era madrugada, quando os ruídos
do inconsciente estremeceram
a realidade perturbada.
Eu, sonolento!


Parecia estar em movimento;
os passos, o arrastar de coisas
até tropeçar e cair.
Eu, sonolento!


No início um susto, depois a tensão
para controlar-se e situar-se
na obscura ocasião.
Eu, sonolento!


A respiração mais lenta
com a coragem que surgira
não sei de onde.
Eu, sonolento!


Quando mais perto ficava
a hora do encontro, mais
o encanto se desfazia.
Eu, sonolento!


A esperança, a surpresa,
o querer fazer com que
o amanhã surgisse feliz.
Eu, sonolento!


Sem distanciamento, solidão.
Uma saudade incompensável
que só a presença sacia.
Eu, sonolento!


Abri a porta meio cego
de certeza, meio estasiado
de decepção e não era nada.
Eu, voltei a dormir!


Emiliano Pinheiro Véras


sexta-feira, 29 de junho de 2012

GUERRA E FIM


O movimento era grande. 
Muitas pessoas corriam pelas ruas gritando. Não dava para explicar o terror sentido nos olhos assustados dos indefesos transeuntes. Eu parado, observando como num sonho, num transe que aos poucos me levou ao desespero. Quando do alto veio aquele vapor, aquela troca de mundos, destruidora, de colorido para o acinzentado, sujo e sem vida.
De repente eu parecia já noutro lugar, outra imagem, essa sem movimento e sem som, apenas vultos parados, esquecidos no tempo, observando tudo aquilo.
Depois de alguns minutos, uma luz muito forte e muitas pessoas apareceram em caminhada seguindo a mesma direção, como se fossem teleguiadas por uma força maior do que a própria vida passada. Com o tempo reconheci todas elas, aqueles olhos, só que agora de feições tranquilas, sem os horrores da guerra, tinham ficado para trás e o destino tinha se cumprido e nós como humanos tínhamos errado e estávamos pagando com o fim da nossa existência. Destruímos o mundo!

Emiliano Pinheiro Véras

domingo, 17 de junho de 2012

AMAR É......!!!!


Amar é um grande desafio.
É correr riscos imensuráveis.
É vibração, solidão de infinita paixão.
É cheiro, calor e lamento.
Multiplicado por dignidade,
felicidade e comportamento.
É encontrar-se e não mais se perder
É o prazer de estar.
Pecado e virtude,
companheirismo e atitude.
É uma passagem sem intermédio.
É rejuvenescer-se sem remédio.
É cair de cama sorrindo ou chorando.
É participar e sentir-se importante.
É sorrir à toa, é ser sem limites,
é atrapalhar-se do mal jeito.
Amar é tudo e muito mais...
é estar louco sem querer
é morrer de vontade 
e um pouco mais.


Emiliano Pinheiro Véras

sábado, 16 de junho de 2012

LUNÁTICO



Posso parecer um lunático, 
louco e perturbado.
Mas as dores que o poeta sente,
muitas vezes é escrita 
pelo sentimento de outros.
Dizer que na casa torta 
não se abre a porta.
É mentira. Eu abri!
Onde os muros cedem com a chuva
e os escombros de pedra mata, 
também protegem.
Há não uma miragem, 
da pobre sacanagem.
Que o tempo que floriu 
e as mudas renasceram.
Onde tudo estava morto. Eu não!
O tempo revigorou, mostrou-se mais forte 
e desmistificou o impossível.
Desbloqueou mitos esquecidos 
e salvou os sonhos que não se realizaram.
As intempéries das mentes tortas
que caiam precipício abaixo sem para quedas.
Os bons bons devaneios de um anjo me salvou
como há de salvar a todos os que tem sonhos.
Um segundo é muito para quem tem pouco.
Um sorriso é único para quem não o faz.
Viver é fazer o querer.
é não escutar o achismo.
Sem limitar-se do que se merece.
Fazer o que é preciso para ser feliz. 


Emiliano Pinheiro Véras

CABARÉ





 
Ainda que num cabaré os sonhos 
de muitos jovens sejam desvirginados.
Há monstros esquecidos no tempo,
que nunca estiveram e queriam estar lá.
Na casa das meninas tortas e sedutoras
o jogo é limpo e descompromissado.
Nada é destemido na hora da descoberta,
nem mesmo o mais lindo renegado
dos mortais apaixonado se esquece:
Da dança, do brilho das luzes avermelhas.
Do cheiro de amor que exala pelo ar.
Do burburinho, barulhos sem nexos, 
apenas fissuras de taras por todos os lados.
Sem a vergonha de se achar como homem
é naquele lugar o mais conveniente,
o mais fácil que a procura há de ter.
Bebida e muita música, 
Sodoma um pequeno quintal,
longe do certo e perto do bacanal.
Princípios de todo momento,
felicidade naquela hora
que valerá a eternidade. 



Emiliano Pinheiro Véras


quinta-feira, 14 de junho de 2012

ZANGA



Queria sentir raiva,
explodir, dizer coisas absurdas,
brigar, falar palavões, escancarar.
Parece mesmo que quando a ira pega,
tem que sair de baixo para não chorar.
Mas tudo é momentâneo, não consigo
e isso não é bom!
Não sou Deus para julgar!
Sei que muitos falam demais,
dizem coisas que magoam
e fazem o próximo sofrer como se nada os abalassem.
Por que perder tempo com os monstros da consciência
se o perdão é a coisa mais certa.
Ficar zangado porquê?
Se na árvore dessa brutalidade
há sempre uma raiz de amor.

Emiliano Pinheiro Véras

quarta-feira, 13 de junho de 2012

REDE SOCIAL


O mar estava calmo.
Longe, as ruas desertas
e meus pensamentos brutos.
Às vezes assim acontece.
Outras, no entanto o contrário,
depois de uma, só outra.
Cada dia uma nova mensagem.
Um encontrar diferente.
Um pós-barba,
um embriagar de lucidez!
À noite, a energia da lua
rasga veia acima.
Enlouquece os corações apaixonados.
Espera-se todas as realizações
de dias planejados.
No final, nem tudo é conseguido.
Novos planos...outras postagens!

Emiliano Pinheiro Véras

sábado, 9 de junho de 2012

DESENCANTOS


Quando uma lágrima cai sozinha esquecida no frio
revela um espírito triste e profundo no semblante.
Um soneto amargo, a lembrança que só em Dante
escutaria em auto mar a fúria da prisão, alvo brio.

A bruma desvalida de um povo que sente calafrio
luta contra os deuses, esquece da ilusão ofegante.
Trunfo do diabo que cresce o coração escaldante
sem ritmo e compaixão, maldade do ego sombrio.


Não era enchente, os furacões retorcidos da verdade
o pó da humildade que esclarece o bem amargurado
Nem tão louco quem tem tão pouco vive a liberdade.

A distinta alegria de viver sofrendo os dias pendurado
água da chuva e luz do sol e acreditar na especialidade
de promessas, de bondades incrédulas do pobre jurado.


Emiliano Pinheiro Véras



sábado, 26 de maio de 2012

TINHA UMA SOMBRA


Tinha uma sombra.
Uma sombra que me seguia
e me dizia coisas ao ouvido.
Uma sombra torta, auspisiosa,
que me empurrava, instigava
em todos os momentos de delírio.

Tinha uma sombra.
Uma sombra que me erguia
e me derrubava e eu duvidava.
Uma sombra vadia, deliciosa,
que me acompanhava, inspirava
em todos os encantos de colírio.

Tinha uma sombra.
Uma sombra que me fazia
e me seguia ardendo o meu duvido.
Uma sombra amada, apaixonada
que me beijava, cheirava
em todos os instantes de satírio.

Emiliano Pinheiro Véras

quinta-feira, 24 de maio de 2012

ADOLF HITHER: TRAUMAS



Cuspo um vômito de náuseas, diante das carnificinas que até os abutres repugnam, causada pelo verme que dorme no ego pútrido do mais imperfeito dos homens.
E assim suba na garganta o gosto de ferrugem, criada no coração rígido e adormecido que muitas vezes não chorou quando as chamas do inferno descoloriram sua vida patética e sombria.
E mais ainda, que se misture ao veneno da mediocridade a maldição da fraqueza interna e o misero corpo doentio amargo, por não ter um sentimento vindo do holocausto à sua própria imagem.
E mais, que descanse nas profundezas da memória, a dor do grito de inúmeras vítimas do mais bruto e infinito pedido de socorro não correspondido e essa voz te atormente por toda eternidade.

Emiliano Pinheiro Véras

terça-feira, 15 de maio de 2012

IMPULSO



Pode ser que você não tenha olhos para grandes emoções. Também pode ser que não veja a melhor das aventuras no desconhecido, nem tão pouco sinta na alma o calor do sonho acontecido, ou quem sabe o medo de prosseguir te impeça de conquistar o seu maior dos objetivos?
Das oportunidades sempre o bom senso há de falar, exprimir mais alto do que o espírito brusco da inocência. Nem todo frasco guarda bons perfumes e os desejos mais loucos devem serem bem pensados, para que a dor da dúvida nunca fruste outras chances de serem realizadas.

Emiliano Pinheiro Véras

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MÃE


Oi mãe! Sinto saudades de você.
Dos dias em que você me ligava,
que eram quase todos os dias.
De seus conselhos que muitas
vezes eu nem atendia,
mas que foram os únicos
para a minha felicidade.
Das vezes em que adoeci
ou até mesmo sentia
uma simples dor no dente
e você não aguentava
e vinha me visitar.
Sinto saudades mãe,
dos seus abraços e beijos
e de todos os seus carinhos
que só a senhora sabia me dar.
Sinto muitas saudades
minha querida mãezinha
e sei que de onde você está,
nunca esquecerá de mim
e sempre há de mim olhar.
Feliz dia das Mães! 

Emiliano Pinheiro Véras

terça-feira, 8 de maio de 2012

VOCÊ PRECISA VALORIZAR


Passamos a vida toda reclamando de tudo. É da falta de dinheiro, da solidão, dos amigos e até dos amores mal correspondidos, achamos que estamos sendo punidos por algo que fizemos em outras vidas passadas, mas é engano nosso, tudo que temos, fomos nós mesmos que escolhemos assim, que plantamos e agora estamos colhendo. Se é a falta de dinheiro, quantas oportunidades tivemos e não encaramos com coragem ou mesmo gastamos sem limites. E a solidão? Será que não lembramos que optamos por sair de casa, desbravar o desconhecido, correr atrás de nossos sonhos e não queríamos ter que dar satisfações a ninguém. Esse talvez seja o maior dos motivos. E os amigos? Os bons amigos, que todos temos e às vezes os ignoramos, achando que eles não são boas companhias, porque não nos deixam fazer tudo que queremos, ou seja, fazer tudo quando estamos errado, enquanto os outros não estão nem aí, ficam é sorrindo da nossa desgraça. Há e os amores mal correspondidos, acho que mal correspondidos mesmo, mas por nós, que tivemos pessoas que muito nos amaram, fizeram de tudo para estar ao nosso lado, sentiram saudades, fome de desejo, paixão incalculável e nós nem notamos ou melhor nem valorizamos, procuramos a quem não nos dava valor, isso sim é verdade e o que podemos fazer agora. Voltar atrás? Não. Procuremos valorizar o que temos, antes de perdermos mais alguma coisa!  

Emiliano Pinheiro Véras

sábado, 5 de maio de 2012

VAZIO



Estou me sentindo como um sol vazio
que deixou em seus raios uma maresia entrar.
Não sei o que dizer ou fazer agora.
Sei apenas sonhar!
Sonhei em cavalgar em seus sonhos,
mergulhar em suas ondas,
transformar sonhos em realidade.
Te amo muito!
Mas tenho medo de ter medo
dos dias após dias,
das noites após noites,
dos reencontros após te encontrar.
Queria eu não ter medo
da ilusão, fracasso, solidão.
Queria eu não ter medo
do medo que você sente de mim.
Queria eu poder penetrar sua alma,
descobrir seus segredos.
Como um dia você já cicatrizou em mim!

Emiliano P. Véras

segunda-feira, 30 de abril de 2012

SUICÍDIO


Pular de um precipício!
Deixar o vento bater forte no rosto,
quando as lembranças de uma vida
escorrem nos minutos afins até o chão.
O choro que não vem, o arrependimento tardio
o encontrar outra vida que aqui não vai estar.
São tantas observações que de louco suicida
se torna o herói da não existência.
Momentos insanos complacentes,
todavia o pecado imposto.
A recusa de opiniões, o medo,
a covardia....principalmente!
Já muitos tiveram o mesmo impulso,
talvez falta de fé,
de encontrar Deus nas pequenas coisas,
ou até mesmo entender o significado
da palavra esperança e que dias melhores
sempre virão!!!

Emiliano Pinheiro Véras

quinta-feira, 26 de abril de 2012

AQUELE AMOR


Já tive dias que muito amei, amei tanto que esqueci de mim. Comecei a valorizar mais a insegurança, a incerteza e quase me excluí. Não mais sabia amar, não sabia e quando o que eu achava ser amor acabou, acabei junto. Chorei por vários dias, até as lágrimas deixaram de existir e me vi num espelho deformado, quase sem aparição, descobri que aquela imagem não era eu, e eu mudei a custo de dor como quem sofre de um acidente. Recuperei-me das feridas, até que o sol voltou a brilhar, como sempre haverá de ser e eu voltei, como voltar de uma guerra, com lembranças ruins, mas que a melhor delas, que realmente importou foi que havia sido feliz.

Emiliano Pinheiro Véras

ESSA NOITE


Hoje eu queria estar com você, nem que fosse por alguns instantes e até mesmo só por aventura, mas eu queria estar com você ao meu lado, sabendo ou não que no outro dia poderemos passar um pelo outro como dois estranhos e eu sentir meu coração bater incontrolável, minhas pernas cambalear e eu bobo ficar, assim mesmo essa noite, somente essa noite eu queria sentir seu cheiro, dizer-te coisas quentes e te deixar entrelaçar nos meus braços e o amanhã sei lá.....entregar ao destino!

Emiliano Pinheiro Véras

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ENTENDA


Há dias que não pensava em você, achava até que aquelas noites eram momentos em que eu acordava altas horas de um sonho infantil, sem medos, sem dúvidas de me envolver e me apaixonar. Pensei que nunca fosse precisar compreender e quis mesmo novamente amar, mas o passado não deixou, fui frio, fui sem crer e não te recebi com o carinho que você queria me encontrar. Queria muito viver essa emoção sem lembrar as experiências passadas, mas o coração trava e a reposta é a mesma.....não dá para continuar e assim destruindo o que poderia ser bom, até que as atitudes acertadas me façam ser o amante esperado para quem precise dele. 

Emiliano Pinheiro Véras

terça-feira, 27 de março de 2012

FOGO DA PAIXÃO

    
     Quando você me olha meio desconfiada, sorri e disfarça. Fico totalmente sem graça. Queria chegar mais perto de ti, sentir seu cheiro, tocar seu corpo. Fico em ebulição, parece que vou explodir. Meu coração em chamas bate tão rápido que me descontrolo pensando que todos vão ouvir.

     Quando você se afasta de mim, só o que consigo é te seguir no olhar, como no embarcar de muitos sonhos, que hipnotiza e desliga, ao mesmo tempo destrói, que só a simples sensação de saudade, já machuca e não sei mais como fazer para controlar toda essa paixão, que às vezes na impossibilidade de idealização vem a utopia de se crer em um grande amor. Mata-me de vontade!


Emiliano Pinheiro Véras

segunda-feira, 26 de março de 2012

QUINZE MINUTOS

     
     Naquele dia resolvi sair de casa, caminhar contra o vento. Estava cansado de andar sempre em linha reta, de me esquivar do anormal e me dar satisfação de tudo que fazia. Queria mesmo, era me sentir livre, sem compromissos, sem responsabilidades e me salvar da pressão sentida no peito, que poderia até me dar segurança no dia-a-dia, mas não me trazia o sabor da felicidade.

     Eu sabia que tinha muitas coisas para se viver, muitas ruas para se caminhar, lugares para se conhecer, gente para se amar, e eu ficava preso ao trabalho, às coisas materiais que no final não me acrescentariam nada, nem luxo, nem vida boa e muito menos satisfação pessoal.


    Queria encontrar, não sabia o quê. Talvez a magia que faltava nas coisas que eu fazia. Na simplicidade, na harmonia  que todos os dias estava ali, presente e eu não conseguia senti-la. No deslumbre de um por-do-sol ou na simples satisfação, inspiração, solidão. 


  Desliguei-me de tudo e logo voltei para casa, feliz por ter conseguido saciar quinze minutos daquele dia para meditar.




Emiliano Pinheiro Véras



NAQUELE TREM


De não ser um fruto da obsessão,
Nem o desejo cego e desenfreado.
Não me deixam cicatrizes no coração,
Nem insulto o seu mundo vil abalado.

Das coisas boas que sinto agora vivo
São das nascentes que andei ontem.
Normalmente acontece a quem sirvo,
Dos amores guardados naquele trem.

Quem sabe um dia te reencontrarei
Sentada num vagão da esperança.
Dos sonhos que lá realmente deixei 
E nunca se perderam na lembrança.

Nos trilhos viajaremos sem destino.
Sem rumo e sem fim, em outro lugar.
Mesmo que acordemos em desatino,
Nesse vai-e-vem que nos leve a amar.



Emiliano Pinheiro Véras

domingo, 26 de fevereiro de 2012

FELICIDADE

 
Acordar com vontade de voar. Andar para todos os lados sem destino. Correr, pular, fazer coisas incontestáveis. Sair por aí, conversar com as pessoas, distribuir beijos e abraços. Levar flores para quem estiver doente. Ajudar quem precisar. Dar amor sem limites.
Hoje acordei assim, bem, feliz, colocando o som alto, sorrindo, fazendo carinho na vida. Agraciando o sol, a rua, o rumo que todo dia deverei seguir. O presente de estar vivo. Onde tudo se transforma, ilumina a escuridão, dá para sentir na brisa o perfume leve e limpo. Acompanhar o tempo, as horas como as únicas para serem vividas e intransferíveis, sem percalços, espinhos, gente feia (pessoa ruim). Quando nos encontramos feliz, fica difícil aquilo que trás baixo astral. Anula-se o mal, as coisas negativas. Só a luz do bem brilha com mais força e trás paz para os corações machucados com o fracasso. Que a felicidade ensine quem não tem esperança. Que o medo seja apenas uma simples lembrança para sacudir tanta graça.
Emiliano Pinheiro Véras

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SOLUÇÃO


Um dia acordei, deixei para trás todos os meus medos, angústias e tudo que me fazia mal. Talvez para encontrar outros males diferentes, mas o que não dava certo era continuar como estava. Tem dias que precisamos fugir, não abandonar e esquecer, mas escolher a hora de parar para não mais se machucar. Um coração destroçado revigora sempre com um novo amor, com uma nova esperança, outra caminhada.

Emiliano Pinheiro Véras

sábado, 11 de fevereiro de 2012

PRIMEIRO AMOR



Sem dúvida alguma, você foi a única que me fez conhecer o melhor sentimento. Descobri que vivi esperando a sua chegada. Pena que acabou, mas lembrar, sentir saudades nunca vai me fazer mal, muito pelo contrário alimenta meu espírito com carinho, muita ternura e grandes emoções. Pensar em você antes me trazia mágoas e contradições. Mas o tempo mostrou que todos nós somos vítimas da inocência, da possessividade, da insegurança, e eu não estive imune a todas essas proezas que a vida nos oferece para o aprendizado, que não dominamos e nem sabemos como dominar sem sofrer ou fazer sofrer, que sempre quando acontece em nossas vidas, já é tarde demais para planejamento estratégico. A única saída é deixar no comando o coração da gente. 

Emiliano Pinheiro Véras

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CAMINHADA



Eu não! Não vou viver limitado, sem ter ao menos insistido nos meus sonhos. Não vou desistir nunca de procurar a minha felicidade e se mesmo assim as pedras no caminho aparecerem, vou lapidá-las a cada dia até que meu caminho se torne uma linda estrada.

Emiliano Pinheiro Véras

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ADEUS



Sinceramente, estou me vendo um tanto desolado, nem mesmo sei o que está acontecendo, se é comigo ou com você, se é descontentamento ou fadiga o que estou sentindo nesse momento. Você me chama, acende a chama e não tem como apagar com carinho a expectativa que guardo no pensamento e ainda assim me pede sugestivas juras de amor.
O que aconteceu com a gente não foi nada, só nos encontramos em um lindo sonho e conversamos e nos amamos. Não houve dias de devaneios, nem palavras grotescas, não amadurecemos o sentimento nem divagamos a estranheza, se algo mudou não foi por descuido e mesmo se aconteceu não há palavra que não resolva e não há dor que não se cure.
Tudo poderia ter  mudado se tivéssemos conversado, demonstrado a paixão e não esmagado esta nobre emoção. Nunca tinha te sentido tão perto de mim, agora mais do que nunca, não conhecia teu cheiro, teu sabor. Na verdade só hoje sei quem você é.

Emiliano Pinheiro Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...