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segunda-feira, 28 de outubro de 2019
VÁCUO
Um quebra cabeça
Uma peça perdida
Um vazio,
Um nada.
Uma procura incontrolável.
Uma marca de perda
E falta.
Um perigo doce
De momentos amargos.
Aquela cicatriz que dói
Em momentos de solidão.
Uma lágrima escondida no olhar
De pesadelos
E insônias.
Dias de sonhar,
Calar e esperar.
Um novo dia
Raiar.
Emiliano Véras e Levi Lopes
ENCONTRE-ME
Semblantes de sua alma feliz,
eterna e venerada
pela cálida pétala de sua forma.
Profana o dito de que nada é perfeito.
Subtrai os antônimos e intensifica os verbos
belos pelos advérbios, freneticamente
fazendo de louca a ingenua mente.
Despertar do amor de indulgente,
da súplica destemida.
Paz, onde andares a esmo...
Na busca aflita, só o olhar amado á toa.
Não me negues nos dias turvos,
onde meu coração chama por sua paixão.
Acolha-me e abrace todo meu ser
e beije-me até outro dia qualquer.
Emiliano Véras e Levi Lopes
TRAUMA SUBVERSIVO
Ser escravo da insanidade
e infiel dos bons fins.
Frasco da colônia mais delicada
e câncer de uma paixão sem saída.
Do corpo de um só vulnerável
Amante do amor.
Por ser uma desculpa da natureza febril,
Onde as gotas do silêncio que aprisiona a alma.
Morre na desconfiança infundada
de pensamentos doentios.
Ah, que sorte eu tenho de tanto amor.
E minha sombra traumatizada,
presa em dias de frio!
Emiliano Véras e Levi Lopes
PERSEVERANÇA
Dia de chuva, temporal.
As ruas sujas de pensamentos
e atitudes.
Falta de caráter!
Limpas de verdades e paz.
Carpe Diem de um novo mundo.
Florestas e fumaças sem traumas
De um acervo torpe, desumano.
Inutiliam trumcat, desista:
Das infames decaídas,
Magoas dos crápulas.
Sinta melhor a boemia
Do novo mundo que crias,
que influencias para suas encarnações.
Eu, sentimento aflorado de dor,
magoas de vidas e sonhos mais quentes
para outros dias amanhã.
Emiliano Véras e Levi Lopes
PARANOIA
Descendo do céu,
finco no mundo de escuridão,
maneiras, parâmetros,
sombras de alusões.
Corpo mestiço de veneração.
Dogmas de castigado,
momentos únicos
da retina de uma porção.
Cristal da profecia
da mente de aniquilações.
Vibrações celestiais. Brilham?
Piscam no inconsciente puro,
sem algemas, sem precipícios
de nitidez clara e calma.
São os ruídos,
as manifestações da mente conturbada
e doentia que me enlouquece
desde a saída até o final desde túnel.
Emiliano Véras e Levi Lopes
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