segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MORTE SÚBITA


Há uma imensa vastidão,
Percorrendo mares de solidão.
Paro, grito, choro.
Não tenho forças para continuar!
Como posso me levantar?
Se não tenho uma mão para me sustentar!
O caminho, torna-se longo.
Meus passos ficam pesados.
Meus olhos ardem.
Minhas pernas tremem.
Fico andando entre círculos,
Onde o núcleo é você.
Que foi um dia.
Sem poder me dar um abraço.
Sem poder me dizer o porquê.
Apenas me levando na lembrança.
E me deixando o Adeus.
Lembro comigo teus olhos tristes.
E levanto no lembrar,
que continuo a caminhar.
Com a certeza de um dia te encontrar."


Emiliano Pinheiro Véras

ECLIPSE LUNAR



Lua? Desculpe-me por tirar o seu brilho, 
mas é que já não tenho o meu.
Desculpe-me por não ter forças 
para chegar perto de ti, 
mas é que você fica longe demais.
Desculpe-me se vivo te magoando, 
mas é que minha vida tem sido uma mágoa.
Desculpe-me se te roubei a felicidade, 
mas é que sou infeliz por ter sido roubado.
Desculpe-me se já não acredito mais em mim, 
mas é que já acreditei demais.
Desculpe-me se estou pisando em seus calos, 
mas é que sonho em curá-los.
Desculpe-me se o céu está nublado
E o sol não está aparecendo, 
mas é que estou escondido esperando a sua chegada.
Desculpe-me se você gosta de mim, 
mas é que me sinto feliz em ter você ao meu lado.
Lua se gosta de mim, desculpe-me por ti pedir 
mais uma vez. Não deixe o Eclipse acabar......Sol!



Emiliano Pinheiro Véras

SOPRO NA ALMA

DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...