Ah, quando lembro das brumas
E das plumas ensanguentadas de desejos
Vejo o crepúsculo vívido
E assombrado pelo desânimo
Do passado colorido de mentiras.
Quantas lágrimas forjadas
No calor dos momentos felizes?
Quantas noites de sono mal dormidos,
Onde o vinho e o cigarro
Eram os únicos companheiros
Deslumbrando do meu prazer?
Ah, E os vermes?
Aqueles de tantas poesias,
Roeram tudo dentro de mim,
Sugando todo sentimento por ti no coração,
Até a última chama que clamava
Pela sua existência abafada e escondida,
Que meu ego definhava dizendo adeus.
Emiliano Véras