Os Direitos autorais são protegidos pela lei 9610/98 violá-los é crime estabelecido pelo artigo 184 do código penal (se quiser copiar não esqueça de colocar a autoria)
domingo, 12 de janeiro de 2020
MEDO DE MIM
Conativo, obscuro,
transcendente do calejar,
anjo sem rei, caos do fraco,
verdadeira luz sombria.
Um passo, uma queda, um suspiro
amaldiçoado na esquina do cemitério.
Uma cova rasa dos desejos malignos
a lua chora agonizando outrora.
Fenda do pudor, devaneio das razões.
Felino das indagações, provérbios da alma,
partes das partes, misteriosamente calor,
frio, sem turno, somente destinado.
a luz que brilha no céu mórbido
Aguardando os pedidos de clemência
a escuridão, silêncio e os passos da morte
Um vulto que se aproxima e o sopro
Roendo a espinha, rasgando as veias
e marcando lugar do sepulcro
Ondas de vapor me puxando para trás
Estremecido e paralisante,
a fuga e o fim.
Emiliano Véras e Levi Lopes
ANTROPOFAGIA
A ultrafatalidade suplica por uma labuta
que em vão implora para ser resistida.
Onde as amasias das carnificinas
faz-se presente em meio a ânsia
e a carne podre a qual dispensa os vermes
que andam a espreitar
os dentes brancos que o seduz.
A antropofagia das madrugadas
veladas ao desespero
em orações ao deus Pã.
Despedaçando virgem por virgem,
em um coito volátil
onde revirava-se por meio das veias,
bexigas e pulmões.
Sentir o gosto de sangue,
embriagar-me de loucura
enquanto as moscas brigam
por um lugar no que me resta
da sombra dos gemidos atônitos
e escorregadios de dor
e prazer.
Emiliano Pinheiro Véras e João Vitor Marques
ROSAS CÁLIDAS
Dizer-se-ia que as feridas da alma
se encontram no coração.
E eu, poeta, sangro por todas as artérias.
Lúcido é aquele que talvez viva
e desfrute dos desejos e anseios
e não ceda as paixões do samba e da vida.
Não ser santo, pouco perdido,
em outrora usurpado do labor
das noites ao luar amar,
nasceu um fruto destemido
e não flores brancas que ainda sangram
de dor até secar a última lágrima.
que ainda arde de tesão, escapismo da paixão.
Paixão esta que me corroeu parte a parte,
em remorso sempiterno.
Os corpos enlaçados em orgias
de pecados envoltos em sangue.
Vos digo, desejo cair convosco
em ternos lençóis.
Talvez em chamas,
música cantarolada nos corações
desarmados e nobres,
o pecado, sacrilégio
sufocado em outras vidas
enaltecido com o cheiro e a cor
e que agora eu morra,
aqui em teus braços, amor.
Emiliano Véras e João Vitor
Assinar:
Postagens (Atom)
SOPRO NA ALMA
DA CARNE SANGUINÁRIA SURGE O ODOR DO HORROR OS TEUS FRIOS CABELOS PUXAM-OS SEM PUDOR E NA MORBIDEZ DA TERRA SE MANISFESTAM OS VERMES ACLAMAN...

-
Não é que eu queira me meter em sua vida. Não que eu esteja desejando me calar. É que às vezes sua ausência me deixa com um frio...
-
Quando você chegar, que venha com aventura, nobreza dos que lutam e vencem por amor. Chegue logo com vontade, de rapel ou pa...
-
Fui naquela onda de ti conhecer, te amar e te perder. Fui naquele oceano límpido levando o que eu ainda tinha de medo, de inocente. ...