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quarta-feira, 30 de outubro de 2019
BUCÓLICAS
Calcanhares calejados
no balançar das verdes
e lindas flores.
O som da cachoeira,
o soneto dos pássaros
ao raiar de um sol descansado.
Foi no momento sentido
a natureza vibrante,
o rebanho vívido
correndo no pasto.
O cheiro de mato fresco.
Brio da alma, límpida
e deliberada para o verão
A mais florida beleza
escrava da mansidão.
Vem boemia, pulsar
aqui é o seu lugar
que clareia tanto
a imaginação, como asas
do coração a inspirar
longos poemas de amor
bebidas e luar.
Emiliano Véras e Levi Lopes
SOBERBA
Carismática névoa,
veio a me visitar esta noite.
Cansada e lenta,
dança ao som
dos horrores desta terra.
Vento que vagueia sem permissão,
conjuga meu ego
e transforma em alusão
um sonho de perdição.
Igualdades das calamidades
do eu puro e monstro
agregado aos sinistros fins.
Invicto do sétimo circulo de Dante
a manchar de sangue de Napoleão,
César e Miyamoto Musashi.
Transforma essa loucura
em vinho e pão.
Enchendo de orgulho pelas vitórias
esse pobre insano irmão.
Emiliano Véras e Levi Lopes
PECÚNIA
Veneradas, influenciadoras,
delirantes nas mãos de quais quer.
Desnorteando facilmente um porco
imundo e ambicioso.
Deslocamento, transformação
do modo tratável, do enigma
de um puro folheado
em brancas folhagens,
do destino do carbono
que há de usufruir.
Tão valoroso que a cobiça dos fracos
cega inutilmente as ilusões
à porta da morte.
Tão admirável de se valer
que muitos não entendem
seu valor quando a perde.
Na busca só a encontra
quando se ganha
também a paz...
Eterna!
Emiliano Véras e Levi Lopes
RESSENTIMENTOS
Nem cantarei ao vento o amor.
Palavras são torpes que encantam
Os pensamentos de outros.
Perderei-me nas arestas da ilusão,
das ruínas de um coração gélido,
Que amou, amou e se curvou
em dores de uma noite fria,
pensativo e solitário.
Queria me enrolar em teus braços,
Queria me enrolar em teus braços,
como em lençóis macios
que matam a sede
e saciam a alma.
Mas só vejo aquela estreita curva,
sinuosa, onde muitos perdem a direção.
Não morrerei!
Não morrerei!
Esquecerei um pouco de tudo
E do pouco que já fui, ao me jogar
E do pouco que já fui, ao me jogar
de cabeça ao mar.
Emiliano Véras e Levi Lopes
Emiliano Véras e Levi Lopes
EPÍLOGO
Vieste para petrificar,
deduzir o que já sabes.
Castigas um frio coração
que mais nada é de sentir.
Vantajosa pela pele que tem.
Cruel pelo vício que deixa.
Profissional intensificadora
de desejos latentes em mim.
Uma sombra do passado,
desejo saliente ressurgido
na hora da fogosa dor.
Mistura de pó e pedra.
Uma aparição, precisa,
imune as atrocidades,
reveladoras do coração.
Amor puro. Saudades!
Só lembranças!
Emiliano Véras e Levi Lopes
IDEOLOGIA SANGRENTA
Nos louvores das sinagogas,
choraram os corpos sangrentos
de culpa e paixão.
Morte aos religiosos!
Cantos dos inocentes
permanecem no espaço
frio do Vaticano.
Penetrando a alma dos que entram
sem premissa ao perdão.
Purgatório dos pensamentos latentes,
equivocados da vida torpe.
Veneno das veias sujas
de atitudes inesperadas.
A perca da insanidade,
florando os traumas do coração.
Destinando a indagação
de qual verdadeira religião.
Emiliano Véras e Levi Lopes
ANJO CAÍDO
Caído aos ventos,
levando-se ao ápice da loucura.
Brisa de maré mansa.
Sou fermento do bom clímax.
Sou atitude do corpo e da alma.
Intenção das marés,
a fuga de um ladrão.
O sorriso apaixonado
de uma criança perdida.
Abito em meio tão simples
e delicado todo coração.
Caminho como pólen,
transmitindo solução
para qualquer das solidões.
Sou o tempo que vem
e o que passou.
Deixando em meu rosto
um vendaval,
depois brisa calma
e simbólica que só assim
regenera e cura.
Emiliano Véras e Levi Lopes
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