sábado, 5 de outubro de 2019

SONETO: MORTE À POESIA



Foi naquela hora que senti, tal surpresa.
Não imaginava um filho morrendo assim!
Você parou falaciando com tanta destreza 
Eu plácido olhando, vendo que era o fim.

Tantos sorrisos de tão boa amizade
Rimas coloridas, festas acaloradas
E o pôr do sol? Dupla afinidade!
E a dança das palavras embriagadas?

Ai ai, e o livro? Só mais uma história,
Daquelas que o mocinho é injustiçado
Pela grandiosidade de sua fina glória.

Talvez o monstro que o seca ardente
Nem seja tão maligno como o julgam
E sim, paz de espírito e amor latente.

Emiliano Véras

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