sábado, 5 de outubro de 2019

DESINTERESSE



Ah, quando lembro das brumas 
E das plumas ensanguentadas de desejos
Vejo o crepúsculo vívido 
E assombrado pelo desânimo
Do passado colorido de mentiras.
Quantas lágrimas forjadas 
No calor dos momentos felizes?
Quantas noites de sono mal dormidos,
Onde o vinho e o cigarro 
Eram os únicos companheiros
Deslumbrando do meu prazer?
Ah, E os vermes?
Aqueles de tantas poesias, 
Roeram tudo dentro de mim, 
Sugando todo sentimento por ti no coração, 
Até a última chama que clamava 
Pela sua existência abafada e escondida, 
Que meu ego definhava dizendo adeus.

Emiliano Véras

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