segunda-feira, 25 de novembro de 2019

ALVITRE



Não, eu não estou só, 
sempre tem uma lembrança, 
uma imagem, um ser guerreiro
que me persegue.
Uma lua que brilha à toa,
divinamente promissora, 
como uma louca pedinte.
Eu nunca estou só.
Às vezes mal acompanhado, 
desnorteado, mas nunca só.
São sombras, gritos, murmúrios 
estridentes ao meu ouvido, 
que no passado, presente 
não me deixam só.
É uma vontade, um sonho, 
uma vírgula, uma eterna magia.
Talvez até pareça ilusão, 
devaneio? 
Tem as incomodações, 
os planos e joguetes, 
As loucuras de amanhã 
que nunca me deixam só.
Na verdade, você é 
que me ver sozinho 
e não ver o que há 
no meu caminho
e não se chega e 
não procura ver 
se estou tão sozinho.

Emiliano Véras

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