domingo, 12 de janeiro de 2020

MEDO DE MIM



Conativo, obscuro,
transcendente do calejar,
anjo sem rei, caos do fraco,
verdadeira luz sombria.
Um passo, uma queda, um suspiro
amaldiçoado na esquina do cemitério.
Uma cova rasa dos desejos malignos
a lua chora agonizando outrora.
Fenda do pudor, devaneio das razões.
Felino das indagações, provérbios da alma,
partes das partes, misteriosamente calor,
frio, sem turno, somente destinado.
a luz que brilha no céu mórbido
Aguardando os pedidos de clemência
a escuridão, silêncio e os passos da morte
Um vulto que se aproxima e o sopro
Roendo a espinha, rasgando as veias
e marcando lugar do sepulcro
Ondas de vapor me puxando para trás
Estremecido e paralisante,
a fuga e o fim.

Emiliano Véras e Levi Lopes

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